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quarta-feira, 19 de maio de 2010

Utopia



Hoje de manhã ao abrir meu email, encontrei como sempre recados e mensagens de amigos que me enviam quase que diariamente. Ao ler a crônica do meu amigo e colega de trabalho, Antonio Calixto, falando sobre a “venda” que seu irmão já falecido tivera, hoje conhecida como supermercado, levou-me a um passado de saudades.
Acho que estou em crise com o tempo que passa depressa demais. Vivemos correndo quase sempre por nada, como se o tempo fosse esgotar a vida. A tecnologia veio e está sugerindo velocidade.
Antes eu tinha um passado, presente e futuro. Adorava quando minha avó Maria contava a histórias dos seus antepassados, que vieram de Portugal, para tentar a vida no Brasil. Meus pensamentos e imaginação iam longe.
Meu presente era ser criança livre, que brincava, corria e estudava e vivia pensando e sonhando com o futuro, o que seria quando crescesse? Como seria o mundo? Sonhava com um mundo simples e descomplicado, cheio de esperança.
Quando criança tinha amor e respeito pelos mais velhos, confiava nos meus pais e avós. Eles tinham toda sabedoria e amor que eu precisava. Tinha medo de escuro, de fantasma e de bicho papão. O medo que vejo hoje no olhar das crianças é de tristeza e desconfiança.
O que mudou nos valores que aprendi quando criança? Mais vale ter do que ser?
Quando deixei de sentar na calçada da rua, para trocar conversas com meus vizinhos?
Quero viver a verdadeira vida, simples como o amanhecer.
Quero um mundo melhor, mais humano, onde exista amor e solidariedade, vida e não sobrevida.
Será utopia?

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